Câncer de próstata não é mais sentença de morte, diz especialista; prevenção salva vidas

Baixada em Pauta: médico urologista Fábio Atz é o convidado da semana O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte entre homens no Brasil, atrás...

Baixada em Pauta: médico urologista Fábio Atz é o convidado da semana O câncer de próstata é a segunda maior causa de morte entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele. A doença é silenciosa e, muitas vezes, só apresenta sinais em estágios avançados. Por isso, a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir diagnóstico precoce e maiores chances de cura. “A gente tem que trazer essa mensagem positiva, porque hoje o câncer não é mais uma condenação. A medicina mudou e quem procura antes, se cuida, tem chance real de cura”, disse o médico urologista Fábio Atz, durante participação no podcast Baixada em Pauta. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Em conversa com os jornalistas Matheus Müller e Luiz Linna, Atz ressaltou a importância de quebrar tabus e reforçar que a ida ao urologista deve ser parte da rotina masculina. “Nunca é tarde para falar do assunto. Novembro é só um mês de atenção a mais, mas é todo dia. A gente trata isso todo dia”, disse o especialista. Apesar dos receios relacionados à impotência ou outras complicações em casos de cirurgia, o médico destacou que para toda sequela há solução. “Mesmo as doenças que antigamente não eram consideradas curáveis, hoje têm tratamento. A mensagem é essa: vamos chegar antes da coisa complicar”, afirmou. Câncer de próstata não é mais sentença de morte, diz especialista Reprodução/Redes sociais PSA não substitui o toque O PSA é um exame de sangue que mede uma glicoproteína produzida pela próstata. Alterações podem ocorrer por diversos motivos, como infecção urinária, aumento benigno da próstata ou câncer. Apesar de ser um exame importante, ele não é 100% confiável e não substitui o exame de toque. O PSA é uma enzima que pode ser medida pelo sangue e ajuda a entender se há algo de errado na próstata. GETTY IMAGES via BBC “Estatisticamente, 20% dos tumores de próstata não manifestam alteração no PSA. E esses tumores, infelizmente, são os mais graves”, explicou Fábio Atz. Por isso, o médico reforça que o acompanhamento deve sempre incluir o exame físico, rápido e indolor, capaz de detectar alterações que o exame de sangue não mostra. Toque em 5 segundos Junto com o PSA, o toque retal é uma das etapas propostas para o rastreamento do câncer de próstata. GETTY IMAGES via BBC O exame de toque ainda é visto com preconceito por muitos homens, mas o médico lembra que ele é simples e rápido. “É um exame de segundos no consultório. Cinco segundos você consegue fazer um exame de toque”, disse. Segundo Atz, a resistência costuma cair quando há diálogo e informação. “Tem paciente que pede. Se a gente não fizer, ele fala: ‘Não, eu quero fazer, eu faço questão’. Isso é bacana, porque mostra que ele se sente confortável só se tiver o exame físico”, contou. Toque retal é indolor e dura poucos segundos. “Precisamos desmistificar o exame”, afirma Dr. Bruno Crédito: Divulgação VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos